De acordo com a Sociedade Brasileira de Hérnia, toda a hérnia inguinal deve ser tratada cirurgicamente desde que o estado de saúde permita que ele seja submetido a um procedimento cirúrgico. O tratamento pode ser realizado por duas vias de acesso: a tradicional, também chamada via anterior, que é aquela em que o cirurgião aborda a região inguinal por meio de incisão no local da hérnia, ou pela vídeo cirurgia, que é realizada por meio de pequenos furos na parede abdominal.  As duas técnicas se equivalem quanto aos resultados. A escolha depende de vários fatores, entre eles, o tipo de defeito herniário e as condições clínicas do paciente. Nas duas maneiras são usadas próteses, ou seja, telas recobrindo o orifício na região inguinal, o qual permitia que o conteúdo da cavidade saísse através da parede abdominal.

A hérnia inguinal é mais frequente em pessoas com constipação intestinal, tabagismo, doenças da próstata, do pulmão, coração ou do fígado. Estas doenças geralmente aumentam a pressão dentro do abdômen e facilitam a ocorrência da hérnia.

As evidencias científicas mostram que:

As hérnias inguinais tendem a aumentar de tamanho.

–  Nos pacientes assintomáticos, ou seja, naqueles em que a presença da hérnia não traz desconforto, dor ou complicações no momento do diagnóstico, podem evoluir e desencadear complicações que podem colocar em risco a vida do paciente.

–  As hérnias que evoluíram de tamanho e não receberam tratamento anterior são mais difíceis de serem corrigidas cirurgicamente. Os resultados cirúrgicos do tratamento das hérnias pequenas são melhores do que nas de grande volume.

– O tratamento cirúrgico das hérnias inguinais realizado com telas alcançam índices de cura de 98% em média.

– O índice de mortalidade no tratamento cirúrgico das hérnias é menor do que um para 100 mil pacientes operados e os que morreram devido ao procedimento foram operados de urgência devido às complicações, ou porque as condições clínicas não permitiam o tratamento naquele momento. Por isso afirmamos que todas as hérnias inguinais devem ser operadas, desde que as condições clínicas permitam o procedimento.

 

Fonte: Site Sociedade Brasileira de Hérnia.